Muitas pessoas buscam a psicoterapia porque estão em sofrimento, com algum sintoma, lidando com um transtorno já instalado, dificuldades nos relacionamentos ou desafios de adaptação ao seu momento atual de vida. As demandas são diversas. A maioria delas chegam ao processo terapêutico com a expectativa de encontrar soluções, respostas prontas, orientações claras para resolver seus problemas. Poucas, no entanto, estão preparadas para o que a terapia realmente é.
A terapia acontece por meio de um canal essencial: a relação terapêutica. É através do vínculo construído, sessão após sessão, que se estabelece uma relação de intimidade, de confiança, uma relação vulnerável. Mas a maioria das pessoas não espera isso. Muitas imaginam a terapia como uma consulta médica, um procedimento protocolar, quase como uma fórmula para resolver seus problemas.
Essas mesmas pessoas que chegam com essa expectativa carregam histórias de muita dor. Nós, terapeutas, estamos acostumados a escutar relatos marcados por negligência, traumas profundos e relações desprovidas de segurança. Pessoas que cresceram em ambientes tão hostis que passaram a enxergar o mundo e os vínculos como um lugar perigoso. São elas que batem à nossa porta, que chegam aos consultórios de psicologia buscando alívio para as dores que carregam.
Aquelas que se permitem vivenciar o processo terapêutico descobrem, no meio do caminho, algo transformador. Pouco a pouco, experimentam o poder curativo de uma relação segura.
Para que a terapia aconteça, é preciso que se abram, que revisitem suas histórias, que verbalizem o que nunca foi dito. Elas precisam confidencializar ao outro palavras que nunca saíram, dores nunca compartilhadas. E é justamente por essa verdade, por essa vulnerabilidade, que a relação terapêutica se torna tão significativa, feita de cuidado, acolhimento, encorajamento e de validação.
Para muitos, a relação terapêutica se torna a primeira relação de segurança. É a porta de entrada para acreditar que, sim, é possível se relacionar sem ser ferido, sem ser machucado. Para nós, terapeutas, testemunhar esse processo é enxergar, na prática, o poder transformador dessa conexão.
Por isso, não subestime o poder da relação terapêutica! Fazer terapia não é apenas sobre resolver problemas. É sobre aprender a confiar novamente nas pessoas, nas relações. É sobre sair de um lugar de solidão e dor para um lugar de pertencimento e segurança. A partir desse vínculo, muitas pessoas construirão relações de qualidade em suas vidas. Muitas encontrarão a esperança, a coragem e a segurança de se relacionar.
Todas as vezes que dentro de um processo de terapia eu enxergo um cliente construindo vínculos de qualidade em suas vidas, a partir da nossa relação, eu percebo que o objetivo está sendo alcançado. Quando isso acontece, não há dúvidas: estamos caminhando na direção certa!
Se você chegou até o final deste texto e se identificou, de alguma forma, quero te convidar a dar o primeiro passo em direção à Psicoterapia. Clique aqui e me enviei uma mensagem, para conversarmos. Será um prazer te conhecer!
Abraços carinhosos,
Mari