Você já se deparou com esta imagem alguma vez? Tenho certeza de que, em algum momento, esse meme cruzou o seu caminho (se é que a gente pode chamar isso de meme… um meme dos primórdios, talvez! rs).
Houve um tempo em que essa imagem era amplamente compartilhada. Lembro de vê-la no status de muitas pessoas conhecidas da minha rede de contatos., especialmente no Orkut — saudoso Orkut — e no Facebook. Era uma figura tão disseminada que, justamente por isso, me fez pensar que nós temos um problema social profundo: temos usado máscaras para esconder aquilo que realmente sentimos.
Hoje, a cultura do meme está muito mais sofisticada, não é mesmo? E você há de concordar comigo que, de meme, nós brasileiros, entendemos! Existem inúmeras formas de linguagem que refletem nossos movimentos socioculturais contemporâneos. Mas o que me motiva a falar sobre essa imagem, que já foi tão popular na internet, é o fato de que muitas pessoas se identificam com ela. Talvez, inclusive, você, nesse momento, se identifique.
Falar sobre as nossas emoções não é simples. Expressar o que sentimos é algo muito precioso, muito íntimo, muito vulnerável. Nossas emoções são expressões profundas da nossa existência. Elas são valiosas e precisam ser tratadas com cuidado. Por isso, eu concordo que não devemos falar sobre nossos sentimentos para qualquer pessoa. É importante filtrar: quem pode ser uma boa audiência para me ouvir? Quem pode me dar escuta e acolhimento? Quem pode oferecer um espaço seguro para as emoções que quero compartilhar?
Mas sofrer sozinho nos torna “ilha”, nos isola. Guardar tudo para nós mesmos é quase um assassinato das nossas emoções, da nossa experiência mais profunda como seres humanos. Compartilhar o que sentimos com alguém nos dá contorno, nos dá pertencimento, nos dá segurança. Dividir com o outro, inclusive, valida a nossa experiência. Se esse meme, em algum momento, foi tão compartilhado, ele estava, de certa forma, denunciando a nossa solidão enquanto sociedade.
Eu não recomendo que você compartilhe suas emoções com qualquer pessoa. Contudo, também não recomendo que você viva suas emoções de modo solitário. Quando nos permitimos dividir as nossas emoções com alguém de confiança, abrimos espaço para que o outro afague nossas dores, cuide um pouco da gente. No fim das contas, somos todos seres humanos. Precisamos do vínculo, do olho no olho, do contato, do cuidado mútuo. Nós nos regulamos nas nossas relações interpessoais! Uma sociedade que isola, que reprime e que esconde suas emoções é uma sociedade perdida dentro da própria solidão.
Se esconder atrás de um sorriso ou fingir que está tudo bem pode parecer a saída mais fácil, mas, com o tempo, essa armadura pesa. O que sentimos precisa de espaço para existir, ser compreendido e, se necessário, acolhido por alguém que realmente nos escute. Expressar nossas emoções não é fraqueza, mas um ato de coragem e cuidado consigo mesmo.
E você, tem conseguido expressar o que sente? Com quem você pode compartilhar suas emoções de forma segura? Permita-se essa troca!. Afinal, ninguém precisa carregar tudo sozinho. Me coloco à disposição para te ajudar. Basta clicar aqui para que possamos conversar.
Abraços carinhosos,
Mari