O desafio do relacionamento

Se existe um grande desafio na vida, eu diria que este se chama relacionamento.
Nos relacionamos a todo tempo, desde que nascemos. Pais, irmãos,  amigos, colegas de escola, professores,  colegas de trabalho, namorados,  filhos, prestadores de serviço,  enfim. Estamos em interação com o outro a todo momento.
Tendo em vista que este desafio está presente em nosso dia a dia, é preciso que dediquemos um tempinho para pensar no modo como nos relacionamos.
Neste texto, vamos focar no relacionamento amoroso, romântico.
Decidir compartilhar a vida com alguém,  não é das decisões mais fáceis, requer coragem. Atualmente, muitos relacionamentos são iniciados e, logo terminados, por justificativas do tipo “ele (a) não se empenhava na relação”; “não me sentia compreendida (o)“; “eu não sentia que estávamos juntos realmente”. Obviamente, existem muitos outros motivos, mas creio que estes são muito frequentes, inclusive dentro dos consultórios de Psicologia.
A questão é: por que isso acontece com tanta frequência?
Um relacionamento a dois é sinônimo de união de duas (ou mais, no caso de poliamor) histórias de vida muito diferentes. Cada um possui experiências muito particulares que, ao se juntarem, deverão ser compartilhadas. Hábitos, regras, convicções, valores, objetivos, sonhos e rotina. Tudo isso deverá ser compartilhado e dividido. Pois bem, aí que mora o perigo: muitas pessoas não se atentam a necessidade de estabelecer um relacionamento transparente e verdadeiro! Acabam deixando que as diferenças criem abismos, que os incômodos entrem embaixo do tapete e que as inseguranças fiquem sufocadas. Por isso, entram em relacionamentos bastante exaustivos, que trazem mais preocupações do que estabilidade emocional.
Essa cilada pode acontecer por diversos motivos: falta de autoconhecimento, dificuldade de expressar sentimentos, falta de empatia, níveis de exigência altos e comunicação mal estabelecida são bons exemplos dos motivos mais comuns. Dificuldades como essas podem vir por parte de um ou dos dois na relação (é preciso estar atento). Relacionamentos em que não há comunicação saudável, expressão de sentimentos e possibilidade de compartilhar inseguranças e medos, estão fadados ao fracasso.
Relacionar-se exige habilidade pessoais muito importantes como, por exemplo, autocompaixão e empatia. É preciso conhecer limites pessoais e saber comunicá-los com compaixão. Além disso, é necessário compreender o outro, reconhecendo e acolhendo seus limites. Não acredite na ideia de que é preciso encontrar alguém para que sua vida seja boa. Aprenda a se relacionar consigo mesmo, para que então, consiga se relacionar de forma íntegra com outra pessoa. É evidente que relacionamento exige maturidade emocional.
Mas como encarar este desafio?
 Avalie se está preparado para unir e dividir histórias (sua e do outro). Estar junto exige o exercício diário de entrega e recebimento. É preciso entregar amor (em forma de atitudes) e receber amor. Esteja atento aos comportamentos que você tem em relação ao outro… eles demonstram amor? E o que você tem recebido, significa amor, para você?
Buscar terapia de casal antes de decidir se casar é uma boa opção para avaliar consequências desta decisão. Juntos e com o auxílio de um terapeuta, muitas variáveis serão discutidas e repensadas. Ofereça esta possibilidade para seu companheiro, uma decisão bem pensada oferece menos riscos.
Embora difícil e exigente, a prática do amor é o que mais une nossas relações. Esteja atento! Repense todos os dias o modo como tem amado. Entregue-se e compartilhe!

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