“Quando eu soltar a minha voz, por favor entenda
Que palavras por palavras eis aqui uma pessoa se entregando (…)
Veja o brilho dos meus olhos e o tremor das minhas mãos
E o meu corpo tão suado, transbordando toda raça e emoção…”
(Gonzaguinha)
Escolhi este trecho da composição de Gonzaguinha para iniciar este texto e dar abertura ao blog, por um motivo muito especial. Todas as vezes em que escuto esta canção, lembro-me dos meus clientes e de todos os que procuram pela terapia. Imagino que estas palavras ficam implícitas no momento em que, ao adentrar no consultório, eles contam sobre sua vida, seus medos, alegrias, sabores e dissabores, a alguém que – ainda – não conhece.
Vivemos em meio a uma cultura em que o Atendimento Psicológico ainda é bastante mistificado. Este é um dos fatos que corrobora para que a procura por um psicólogo se torne algo realmente difícil para muitas pessoas. Entregar suas verdades a alguém e estabelecer uma relação genuína de confiança, é um grandioso desafio. Mas para que este processo fique menos espinhoso, na terapia você será acolhido com muito cuidado, sem julgamentos ou avaliação de valores.
Nós, enquanto terapeutas, compreendemos o quanto pode ser difícil falar daquele assunto que você não comenta com mais ninguém; relembrar aquele episódio que, após muita tentativa de esquecer, ainda dói. E por mais estranho que pareça, nós sabemos o quão exaustivo é tentar montar as peças de seu quebra-cabeça particular. Nervosismo, suor frio, mãos geladas, lágrimas tímidas querendo saltar. Estas são legítimas demonstrações do quão humano podemos ser, e de quantas emoções podemos carregar. Estamos suscetíveis a elas, na condição de cliente ou no papel de terapeuta.
Você pensou que estivéssemos isentos dos sentimentos?
Os terapeutas também vivenciam muitas emoções na relação terapêutica. E elas são diversas. Entristecemo-nos, alegramo-nos, sentimos orgulho, medo, ansiedade e angústia. E hora ou outra podemos chorar com nossos clientes! No entanto, utilizamos de nossas emoções para beneficiá-los em seu processo terapêutico. Conforme apontam Vandenberghe e Pereira (2005), a autorrevelação dos sentimentos do terapeuta – no momento pertinente – pode favorecer o estabelecimento de intimidade e confiança, além de contribuir para a análise comportamental da relação que tem se estabelecido.
Se você estiver inseguro para engajar-se num processo terapêutico, sinta-se acolhido. Dentro do consultório você encontrará, nada mais e nada menos que, uma relação genuinamente humana à sua espera. Experimente!
Ps.: Será um prazer poder te ajudar neste processo. Para obter mais informações, basta clicar aqui.
Abraço carinhoso,
Mari