Você já parou para pensar que a terapia vai além dos 50 minutos da sessão? Neste texto, quero conversar com você sobre algo que muitas vezes passa despercebido, mas que faz toda a diferença no processo terapêutico: o que acontece entre as sessões.
Vamos construir esse raciocínio juntos!
Tão importante quanto o que acontece dentro da sessão é o que acontece entre as sessões. Desde o início, quando falo sobre a importância de a terapia ser semanal no começo de um processo terapêutico, já trago esse ponto. E quero reforçar isso aqui, porque há algo muito precioso nessa ideia.
O objetivo final da terapia é ajudar o paciente a desenvolver novas habilidades, comportamentos e repertórios. Já comentei sobre isso em outros posts, certo? Mas para desenvolver novos repertórios, é fundamental praticar. A gente precisa experienciar esses novos repertórios. Dentro da terapia, aprendemos muitas coisas: a descrever, a nomear, a observar, a analisar, a interpretar. Também aprendemos a sentir, a tolerar os sentimentos e a construir uma série de habilidades.
Porém, onde é que fortalecemos tudo isso? É fora da sessão, no intervalo entre uma sessão e outra. No nosso dia a dia. Na vida real! É nesse período que colocamos em prática o que aprendemos e, assim, consolidamos esses todos os novos repertórios.
Ratifico: é por isso que, no início de um processo terapêutico, é tão importante manter a frequência semanal. Nesse momento, estamos desenvolvendo não apenas um vínculo – que, como sabemos, leva tempo, já que nenhum vínculo nasce da noite para o dia – mas também precisamos, enquanto terapeutas, monitorar o processo de aprendizagem do cliente.
O cliente está aprendendo repertórios novos comigo, dentro da sessão, e testando esses repertórios no seu dia a dia, nas suas relações. Por isso, tão importante quanto o que acontece dentro da terapia, é o que acontece fora da sessão. É nesse intervalo que o cliente se engaja em experimentar comportamentos e habilidades novas. Ele testa esses repertórios, experimenta e avalia o que funcionou bem e o que não funcionou.
Então, é fundamental valorizar não só os 50 minutos da sessão – que, claro, são preciosos – mas também o que acontece além dela. Como gosto de dizer, a terapia é um processo de desenvolvimento pessoal. Não se trata apenas de “bater cartão” na sessão, mas de realmente se permitir aprender, experimentar e crescer.
A terapia é uma jornada, e cada passo, dentro e fora da sessão, faz parte do processo. Agora, vale a reflexão: o que você tem feito entre suas sessões? Quais práticas têm ajudado você a fortalecer os repertórios que vem desenvolvendo? Reflita sobre isso e lembre-se: o trabalho terapêutico continua em cada escolha e ação no seu dia a dia.
Abraços carinhosos,
Mari
Ps.: Para mais informações sobre o processo de Psicoterapia, clique aqui e me escreva. Será um prazer conversar contigo!